quarta-feira, 9 de maio de 2007

Manobras de Diversão

Detesto pessoas que não sabem qual é o seu espaço. Não lhes chega uma linha imaginária para circunscrever o limite. Têm de ser os outros à volta, já perturbados com tamanha lata, a imporem as regras, rosnando cada vez mais alto até o outro perceber (confesso já que não é tarefa fácil). Normalmente estas pessoas acham que podem tudo na vida dos outros. Partilho os metros quadrados do meu espaço profissional com alguém a quem gostaria de dizer, do alto do meu 1,64 metros: "Ouve lá pá, a tua vida não te chega? Em vez de fazeres de conta que tens de ter opinião e o nariz em tudo e se trabalhasses? Lá porque uns avecs quaisquer tinham bebido demasiado champagne em horário profissional, eu, profissional e responsável e aquela que se farta de trabalhar, não tem de te aturar ou ao cheiro nasalmente irritante que, não raras vezes, o teu palco na peça faço de conta que trabalho emana. És tão fraquinho que até dói. És tão inconveniente que chegas a justificar qualquer tipo de violência. És tão ridículo mas igualmente limitado que nem percebes. E para a próxima que tentares meter conversa, levas uma galheta no focinho, ouviste?".
Mas como nunca vou poder exteriorizar (depois dizem que a malta andada constantemente stressada e uma pilha, pudera!), fica o desabafo como quem treina uma apresentação em frente ao espelho.

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