quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Des Police

Jamor, 25 Setembro 2007, noite


primeiro comentário: mas quem se lembrou de realizar este tipo de eventos no Jamor? Ali joga-se a final da taça de Portugal e o open de ténis, mas fiquemo-nos por aí, ok?


segundo comentário: como se o nome (fiction plane) não bastasse, e não fosse por si só um fiel cartão de apresentação, fizeram questão os petizes de nos brindar com algo que pretensamente nos levaria a pensar que Gordon Sumner e seus amiguinhos tinham acabado de saír da Corporation Dermoestética e ressuscitado, frescos como alfaces, aos bons tempos do pós-punk. A criança Gordon toca igualmente baixo e vocaliza como o pai, mas isso não significa que a ressurreição se materialize. Nem o idílico pormenor de tentar reproduzir o mesmo tipo de formação que tornou famosos os rapazes que musicaram algo tão estranho como "De Do Do Do De Da Da Da". Costuma dizer-se que filho de peixe sabe nadar. Pois, então porque não se dedica o rapazito à natação e deixa a música para os mais crescidos!


terceiro ( e esperançosamente o último) comentário: estou num dilema: como dizer mal, ou menos bem, de alguém que até constituiu uma espécie de ícone musical outrora? bem, politicamente correcto, direi somente que "the police" fez um concerto irrepreensível com tudo no devido sítio e sem erros. Claro que a diferença entre ir ter ido ao concerto e ter ficado a ouvir os cd's em casa seria praticamente igual à existente entre os principais partidos políticos portugueses. Até compreendo que continuar a tocar as mesmas faixas de há vinte e tal anos atrás possa não representar um grande estímulo criativo para um artista, mas também ninguém lhes pediu para se juntarem de novo e fingirem que sempre se amaram (ou será que pediram? bem, em todo o caso eu não fui, por isso...). Porque não fizeram como outros, cultivando ódios de morte até ao fim . Casos tão consagrados como Pink Floyd, cujos membros juraram nunca mais pisar os mesmos palcos juntos. Mas não será precisamente isto que os tem mantido vivos?. Meus amigos, se há coisa que o público topa de imediato é quando o artista está a fazer frete ou simplesmente a cumprir serviço. Dito isto, apenas um regozijo final por não ter gasto 80 euros para ver "Despolice". Safa!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

MUITA estupidez junta

Quando as pessoas perdem a noção da sua própria estupidez e dos limites da sua incompetência, a situação é grave. Leia-se «grave para elas»! Tão grave que se tornam actores de suicídios aparatosos e públicos. Perante o olhar estasiado da plateia, o actor leva a peito a sua interpretação ficando muito surpreendido quando, em vez de auxílio, recebe do público uma grande ovação de pé. É que o público simplesmente adora melodramas, especialmente aqueles cinematográficos onde o vilão leva um balázio mesmo no meio da testa e ainda tem tempo de estremecer os pézinhos.

Bai e num boltes...


quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Entrada livre!




Espectáculos diários entre as 9h e as 19h.

Aqui, no sítio do costume!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Quente e Boa!


Depois de uma noite muito boa... vinha mesmo a calhar... quem sabe se na próxima vez...
E quantas vezes me lembrei dela!
E quantas vezes me apeteceu repetir!
Ahh... saudade!

sábado, 28 de julho de 2007

Game Over

“It’s mercy, compassion, and forgiveness I lack—not rationality.”

Uma Thurman - Kill Bill Vol.I

quinta-feira, 26 de julho de 2007

At the airport...

Q: "Name?"
A.: "Abdul Dalah Sarafi."

Q.: "Sex?"
A.: "Four times a week."

Q.: "No, no, no... Male or female?"
A.: "Male, female... sometimes a camel..."

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Por isso fico.

Porque para já não pretendo quebrar a pouca estabilidade...
Porque não quero tirar mais pão da boca da minha filha...
Porque apesar de ser um sapão, é só mais um sapo para engolir...
Porque me apetece dar-lhe pontapés no meio dos olhos...
Porque se não fosse o cantor dizer-me que a música vai ser do melhor que há...
Por isso fico.

PS: AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH...

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Mais uma história dela


Encontrei a minha amiga Andreia e mais uma vez ela tinha algo para me contar.
Desta vez sobre uma conversa que teve com alguém de quem ela gosta muito e sente alguma coisa (que passa pela atracção intelectual e física), mas que lhe disse: “Os teus beijos são como os da minha prima”.

Depois disto...

Dançar Samba ao som de Hard Rock

É, ou vai ser um festival fantástico.
Começando no Verão e até ao Inverno a tendência vai ser dançar. O ritmo será o Samba, mas o som deverá ser o Hard Rock.
Estão a ver não é: uns enrolados e soados, outros aos pontapés e à biqueirada... Viva a música!

domingo, 15 de julho de 2007

Before Sunset



Jesse: Oh, God, why weren't you there, in Vienna?
Celine: I told you why.
Jesse: Well, I know why, I just - I wish you would have been. Our lives might have been so much different.
Celine: You think so?
Jesse: I actually do.
Celine: Maybe not. Maybe, we would have hated each other eventually.
Jesse: Oh what, like we hate each other now?
Celine: You know, maybe we're - we're only good at brief encounters, walking around in European cities in warm climate.

sábado, 14 de julho de 2007

Animais ou Humanos?

"A principal diferença entre o comportamento sexual de animais irracionais e o dos humanos é o sentimento de vergonha e culpa. Há milhares de anos os humanos praticavam o acto sexual sem discriminação ou medo. Entretanto a evolução da socialização sucedeu-se de tal forma que, em alguns períodos, o comportamento e a liberdade sexual foram sendo castigados e duramente massacrados."

Engraçado como lendo este texto, que está ao alcance de toda a gente, sentimos que a evolução das sociedades é criticada e que carnificina foi o massacre da liberdade sexual! Especialmente quando, segundo o autor, isto é o que nos distingue dos animais sem razão num dos comportamentos primários. Algumas hipóteses para uma interpretação: ou ainda não percebeu se é animal ou humano, ou não sabe o que é o sexo animalesco nos humanos ou a única liberdade sexual que conhece é com ele próprio e ainda assim foi apanhado, a semana passada, pela irmã.
O sexo é um comportamento primário que caracteriza qualquer ser vivo e se revela quando sentimos essa necessidade... tal como bebemos água quando temos sede. Ainda bem que os padrões sociais existem e os olhares reprovadores dos nossos pares. Mas, tal como procuramos a bebida que mais nos satisfaz a sede, procuramos sempre quem já nos rasgou toda a vergonha e já agora a roupa também.

Black Mirror

Olhar à volta e perceber que os outros repararam em todos os pormenores. Até naqueles que apenas permitimos aos que partilham a nossa vida. Sentir que alguém nos rasgou a roupa pelo simples prazer de nos ver tremer de frio, mesmo com 34ºC. É irreversível o que foi visto. E o grande escudo situa-se nas elaborações cognitivas que o nosso corpo luta para não manifestar. E voltamos a ocultar especificidades e voltamos a vestir um sobretudo, mesmo com 34ºC, que não deixa perceber as formas básicas da nossa silhueta. Despimos o casaco na mesma proporção que o afecto dos outros nos envolve sem nunca o largar da mão. E só assim a capacidade de regeneração. É cansativo mas recompensador quando largamos tudo apenas sozinhos... verdadeiramente somos aquilo que se espelha nos reflectores de quatro cantos e deliciamo-nos com isso. A constatação de que não se desaparece e o reconhecimento nos esconderijos do nosso sistema límbico... sem ninguém por perto.

GMD Calendar Contest


Só para partilhar...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Noa forma de sair


Intenso, persistente.

Ficou e agora não sai... sente-se...

Por favor, deixem-me estar


...e não rebentem a bolha.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Tribulations @ SBSR

Everybody makes mistakes
but i feel alright when i come undone
you are not making me wait
but it seems alright as long as something's happening
i try to make you late
but you fighting me off like a fire does
you try making me wait
but it feels alright as long as something's happening

get your payments from the nation
for your trials and tribulations

you try to make me wait
you come around when it's come undone
everybody makes you late
and it's never you because you're always thinking
i try making you wait
and give you me some like you give it good
everybody makes mistakes
but it seems it's mine that always keep on stinging

get your payments from the nation
for your trials and tribulations

you try making me wait
but you come undone when you come undone
everybody makes mistakes
but it's always mine that seem to keep on sticking

get your payments from the nation
for your trials and tribulations

LCD Soundsystem

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Wake up @SBSR

Somethin’ filled up
my heart with nothin’,
someone told me not to cry.

But now that I’m older,
my heart’s colder,
and I can see that it’s a lie.

Children wake up,
hold your mistake up,
before they turn the summer into dust.

If the children don’t grow up,
our bodies get bigger but our hearts get torn up.
We’re just a million little god’s causin rain storms turnin’ every good thing
to rust.

I guess we’ll just have to adjust.

With my lighnin’ bolts a glowin’
I can see where I am goin’ to be
when the reaper he reaches and touches my hand.

With my lighnin’ bolts a glowin’
I can see where I am goin’
With my lighnin’ bolts a glowin’
I can see where I am go-goin’

You better look out below!

Arcade Fire

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Velha máxima...

Quando queres uma coisa, arranjas sempre uma maneira.
Quando não queres uma coisa, arranjas sempre uma desculpa.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Teve que ser!

Ontem tive que ser mau, muito mau, para quem me queria ou quer fazer mal. Mas fui tão... subtil e ao mesmo tempo tão directo. O Beira-Mar (nome estratégico e depreciativo para o designar - que aproveitei de um colega aqui do piso) ficou completamente passado por desta vez não ter conseguido sacudir a água do capote. Bem tentou, mas ficou todo encharcado.
Só me vem à cabeça esta frase:
A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.” (Sigmund Freud)
Teve que ser!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

(des)concentrar

Durante mais uma polémica conversa com a minha amiga Andreia…
(Andreia) : - Mais importante do que alguém deliberadamente estimular a tua concentração, é a capacidade enigmática que esse mesmo alguém tem em te desconcentrar e distrair. É porque mexeu contigo. Podes não saber como, nem porquê, mas mexeu. Obrigou-te a sair da tua zona cómoda e projectou-te para uma zona de desafio.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Afterthoughts

"Existem dois objectivos na vida: o primeiro, o de obter o que desejamos; o segundo, o de desfrutá-lo. Apenas os mais sábios realizam o segundo." (L. Smith)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Frases (com)sentido

Amigos são geralmente do mesmo sexo, porque quando um homem e uma mulher concordam é apenas nas suas conclusões; as razões são sempre diferentes.
George Santayana

Estados de espírito

Tenho o olhar preso aos ângulos escuros da casa
tento descobrir um cruzar de linhas misteriosas, e
com elas quero construir um templo em forma de ilha
ou de mãos disponíveis para o amor....

na verdade, estou derrubado sobre a mesa
em fórmica suja duma taberna verde,
não sei onde
procuro as aves recolhidas na tontura da noite
embriagado entrelaço os dedos
possuo os insectos duros como unhas dilacerando
os rostos brancos das casas abandonadas, á beira mar...

dizem que ao possuir tudo isto
poderia Ter sido um homem feliz, que tem por defeito
interrogar-se acerca da melancolia das mãos....
...esta memória lamina incansável

um cigarro
outro cigarro vai certamente acalmar-me
....que sei eu sobre as tempestades do sangue?
E da água?
no fundo, só amo o lodo escondido das ilhas...

amanheço dolorosamente, escrevo aquilo que posso
estou imóvel, a luz atravessa-me como um sismo
hoje, vou correr à velocidade da minha solidão

Al Berto

Um bom dia para ter saudades IV

Foi mais ou menos por aqui que contruí a teoria sobre uma aranha num aquário, num momento de plena estimulação intelectual.

Alguma confusão, alguma reacção física a nível abdominal.
Sentir a falta.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Infidelidade no feminino

Já não vos consigo dizer onde encontrei este texto, mas porque tem sal q.b. e uma mistura de pimentas finas capazes de não deixar qualquer um indiferente, resolvi copiá-lo para aqui.
“Traição, infidelidade, adultério... Três palavras diferentes com conceitos idênticos.
Ser traída deixa mágoas profundas... mas trair também marca.
Você já foi infiel no amor? Já sentiu desejo de trair o seu marido/namorado com um colega de trabalho, mas na hora H fugiu? Imaginou uma tarde erótica com o empregado do bar que frequenta? Sonhou uma noite tórrida com um homem famoso e charmoso? Não passou à prática, mas nas suas fantasias é muito infiel? Ah, afinal já deu uma escapadinha na sua relação!!!”.

Numa altura em que o rácio entre homens e mulheres está cada vez mais desequilibrado, estando as mulheres claramente em vantagem, a necessidade de inovação é necessária. Tal como no mundo empresarial em que a inovação é a chave para o sucesso e para a consolidação dos negócios, também nos lares a capacidade de inovar é essencial quando se quer manter uma relação viva. Não querendo adoptar uma posição demasiadamente romântica, rejeito a teoria de que agora um homem não precisa fazer nada para conquistar o sexo feminino. Tem, e tem que fazer muito. Tem que superar as expectativas. Tem que inovar!

domingo, 17 de junho de 2007

sexta-feira, 15 de junho de 2007

A minha amiga Andreia

Podia utilizar este espaço para vos apresentar de uma forma exaustiva a minha amiga Andreia. Mas não o vou fazer. Vou apenas dar-vos a conhecer alguns pormenores que fazem dela a... minha amiga Andreia.
Nada de extraordinário, a sério! Aliás, deixem de ler imediatamente este texto, pois não tem qualquer tipo de interesse. Ok, posso começar?
Conheço a Andreia não há muito tempo, diria mesmo que foi no mês passado, ou melhor a semana que passou... pronto, quarta-feira!
Foi uma coisa muito repentina e ao mesmo tempo harmónica. As reacções foram muito rápidas e astutas, o que permitiu encarar de uma forma saudável esta nova relação. A Andreia trouxe uma ponta de verdade a expressões como “tu para mim és uma gaja” ou “nem tudo o que vem à rede é peixe”. Matadora por natureza e subtil por experiência, “defende-se” no banalismo, conseguindo assim separar o trigo do joio. Gosta de estar e brincar com o joio, mesmo num ambiente extremamente banal, mas é o trigo que a fascina. O deslumbramento pelo trigo (quando há trigo no meio do joio, coisa rara nos dias que correm), leva-a a comportamentos cautelosos e acertivos, desencadeando um ambiente de tentativa de sedução astuta.
E para já chega, daqui a uns tempos talvez vos conte algo mais sobre a minha amiga Andreia.

E dá para andar à porrada?

Aluno universitário esfaqueou professor

http://dn.sapo.pt/2007/06/15/sociedade/aluno_universitario_esfaqueou_profes.html

É por estas e por outras que eu sou totalmente a favor das orelhas de burro e da humilhação pública nas escolas primárias. Foi ou não foi eficaz na nossa geração?
Mas lá veio algum psicólogo, para aí do ISPA, dizer que estas punições causavam traumas irreversíveis... Trauma irreversível é uma facada... pelo menos, para o professor.
Ok, percebi. Não se trata de prevenir situações de trauma e sofrimento mas sim de um processo de transferência cognitiva e emocional. Giro. As coisas que se ensinam nas faculdades privadas...
Mas, dá para andar à porrada?

Hattori Hanzo


Pelo menos, durante os próximos quinze dias. É que, mesmo em casa, a porta trancada revela-se insuficiente.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

quase

O Mário vestiu este sentimento com as palavras adequadas por isso não perco tempo a revirar o intelecto em busca de algo que será sempre somente quase o que pretendo dizer. Disse ele que para atingir, faltou-lhe um golpe de asa, e que dessa forma, posto que foi o Sol, a brasa adormeceu esmorecida pela fria aragem do crepúsculo. Pois há dias assim, em que acordamos de pensamento ágil e agitado, e depois verificamos que afinal tudo não passou de uma aspiração carmim. Haverá fórmula de sermos poupados aos quase-dias? Aos quase-instantes? Simplificar-se-ia o processo se ao acordarmos tomássemos consciência de que aquelas vinte e quatro horas seguintes não teriam nunca um desfecho. Chegariam quanto muito quase ao limiar de uma acção, mas sem efeitos. Quase obra, mas sem fundações. Quase beijo, mas sem fôlego.
Quase que me apetece apagar todas as letras que ficaram aí para trás, mas agora que estou tão perto do fim já não me apetece… Este dia também já está quase a acabar !

sexta-feira, 1 de junho de 2007

A brincar, a brincar...

Tomar uma decisão a longo, muito longo prazo, quando se tem o coração na boca. Divertir-se com isso e espalhar a todos os amigos em tom de brincadeira. Aqueles que conhecem as pessoas com quem dormimos e todos aqueles com quem não devíamos ter dormido. E por tudo isto, a seriedade do assunto pode nunca revelar-se. Mas, no momento em que os planos passam para aqueles que nos consideram capazes de lidar com o maior complexo de édipo da história da psicologia dinâmica, tudo muda. E não é que o plano a longo, longo prazo vai acontecer mesmo um dia? E com o tom sério de quem acha que somos merecedores de um nome que eu nunca usarei, falam-se de todos aqueles pormenores que concretizam o plano e tornarão certamente aborrecidas todas as reuniões familiares durante o próximo ano e meio. Sobrevirei? Sim, com a ideia presente de que, mesmo de vestido comprido e de saltos altos, corro muito depressa.

Meds - Wanted

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Protege moi

Lágrimas...


Levei uma bofetada... de mim próprio.
E doeu, doeu muito. Penso até que foi com tanta força que vai doer nos próximos tempos.
É o que acontece quando se crê em frases como esta de Edmond Rostand “É à noite que é belo acreditar na Luz.”...
E no meio da escuridão só eu vejo uma pequena, pequenina nesga de luz que penso que vou alcançar. E acredito tanto que chego a não ter dúvidas que será hoje. Mas... não! De facto, não, ainda não é desta!
E no meio da escuridão só eu vejo aquela pequena, pequenina nesga de luz que sei que vou alcançar.
Desculpem o desabafo mas, tal como diz o Abrunhosa...
Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
as vezes fraco assim é o coração
(...)
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser

Guerrinhas!


Quando comecei a pensar no que iria escrever sobre a palavra "Guerrinha", só me vinham à cabeça termos como imprópria, mesquinhice, tolice, baboseira, disparate, estupidez, desconchavo, e outras igualmente péssimas. Mas de repente lembrei-me de um tal de M. Tournier que escreveu qualquer coisa como “Questiono-me se a guerra não é provocada senão pelo único objectivo de permitir ao adulto voltar a ser criança, regredir com alívio à idade das fantasias e dos soldadinhos de chumbo.”.
Mas já no limite de começar a escrever este texto veio-me à memória o que disse um dia Julien Green: “Tudo o que é excessivo é insignificante.”.

Fui então, ao baú de fotos futeis e descobri esta, que mais não é do que uma verdadeira batalha campal entre milhares de folhas de árvores e o seu próprio reflexo...

Enfim, Guerrinhas!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

... de evitar.

Já alguém dizia... as desculpas não se pedem, evitam-se.
E neste caso era mesmo de evitar.
Não pela lesão prática, que podia ter sido grave, mas não foi. Mas pela atitude.
Se eu agora fosse abrir a carteira de uma senhora só para tirar o meu porta-moedas... ou mesmo, se ao abrir, não encontrasse o porta-moedas e então virasse a carteira da senhora do avesso, despejando todo o seu conteúdo até o encontrar e voltar a colocar tudo lá dentro... não há lesão prática, podia ter sido grave, mas não foi... mas não é uma boa atitude!
Neste caso era mesmo de evitar!

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Sai do corpo, coisa má!

Sono. Muito sono. Arrastar-se durante toda a semana. Substâncias estranhas latentes no corpo revelam-se quatro dias depois. O que fazer? Água, muita água. O corpo ressente cada momento em que a procura da euforia foi objectivo cumprido. Reunião. As pessoas giram, a garganta dá um nó, os pés pisam outro chão feito de um material felpudo, a cabeça pesa mais a cada movimento. Uma apresentação possível graças a um litro de água, um analgésico e um café forte, extra forte. Tudo à volta é intenso, outras sensações artificais e controladas e recalcadas. Ouvir música calma, impossível de despertar qualquer movimento corporal involuntário semelhante a um passo de dança elaborado que o corpo teima em tentar. Água, muita água. Sente-se em cada poro. Está a sair. Algumas memórias a curto prazo perdem-se segundos depois dos acontecimentos. Alguém pergunta que olhos são esses. Espelho. O drunfo revela-se na íris, na olheira, no brilho estranho. Sair cedo. Rua. Andar. Sentar-me num restaurante e duvidar do pássaro que entrou. «Está ali um pássaro, não está? Não sou eu que estou a ver, pois não?». Ouvir: «Não. Tem calma. Está ali mesmo. Eu também estou a ver.». Finalmente, clean.

secretárias

sempre me interroguei porque se tinha optado por designar a função de secretária como tal. claro, ao longo do tempo foram surgindo outros títulos mais ataviados como assistente de direcção ou mesmo deputy executive secretary (a língua inglesa é fantástica, não?!). mas avaliando a real incompetência que assola a maioria das organizações, efectivamente secretária é uma escolha quase perfeita. talvez mesmo só extensão ou apoio de secretária assentassem melhor...

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Antes um nó na garganta...


... do que um nó da gravata apertado.
Sinto que estou a ficar de mãos e pés atados.

Sinto que estou a começar a sufocar.

Das duas uma: ou consigo desmanchar o nó, ou rebento.
O problema é que ainda estou indeciso. Não sei se quero rebentar, se desmanchar o nó da gravata.
Antes um nó na garganta!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Estados de Espírito


Depois de mais uma má notícia, sinto-me como um urso polar de 600kg a pisar o gelo fino que cobre um imenso mar. Muito em breve, vou ter de aprender a nadar sozinha durante longos quilómetros e contra as fortes correntes. E, no meio disto tudo, não consigo distinguir onde acaba a água e se inicia a terra firme.

terça-feira, 15 de maio de 2007

sexta-feira, 11 de maio de 2007

lyon







para quem não visitou Lyon... muito menos crú que a antiga Lutécia, bucólico até...



quarta-feira, 9 de maio de 2007

Manobras de Diversão

Detesto pessoas que não sabem qual é o seu espaço. Não lhes chega uma linha imaginária para circunscrever o limite. Têm de ser os outros à volta, já perturbados com tamanha lata, a imporem as regras, rosnando cada vez mais alto até o outro perceber (confesso já que não é tarefa fácil). Normalmente estas pessoas acham que podem tudo na vida dos outros. Partilho os metros quadrados do meu espaço profissional com alguém a quem gostaria de dizer, do alto do meu 1,64 metros: "Ouve lá pá, a tua vida não te chega? Em vez de fazeres de conta que tens de ter opinião e o nariz em tudo e se trabalhasses? Lá porque uns avecs quaisquer tinham bebido demasiado champagne em horário profissional, eu, profissional e responsável e aquela que se farta de trabalhar, não tem de te aturar ou ao cheiro nasalmente irritante que, não raras vezes, o teu palco na peça faço de conta que trabalho emana. És tão fraquinho que até dói. És tão inconveniente que chegas a justificar qualquer tipo de violência. És tão ridículo mas igualmente limitado que nem percebes. E para a próxima que tentares meter conversa, levas uma galheta no focinho, ouviste?".
Mas como nunca vou poder exteriorizar (depois dizem que a malta andada constantemente stressada e uma pilha, pudera!), fica o desabafo como quem treina uma apresentação em frente ao espelho.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Supremo Exercício da Liberdade

No cimo de um prédio de 35 andares, no limite do terraço, o precipício é claro e eminente.
Entra um frio arrepiante, que percorre o corpo desde as partes mais íntimas até à aorta (acho que no sexo masculino se sente mais este efeito).
É audível um sopro sistólico aórtico, que atormenta a imensidão do espaço tornando aquele momento único.
O que acontece?
Um medo aterrorizador apodera-se da nossa mente e uma dor na superfície plantar do pé questiona-nos: será que estes sintomas surgiram por ter medo de cair?
Não! Claro que não!
Surgiram porque estou num momento de decisão: se eu quiser, eu salto!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

G R I T O S

Gravidade
Retrocesso
Incapacidade
Tramado
Oh diabo!
Saudade

AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH

sexta-feira, 13 de abril de 2007

My Body is a Cage

My body is a cage that keeps me
From dancing with the one I love
But my mind holds the key

My body is a cage that keeps me
From dancing with the one I love
But my mind holds the key

I'm standing on a stage
Of fear and self-doubt
It's a hollow play
But they'll clap anyway

My body is a cage that keeps me
From dancing with the one I love
But my mind holds the key

You're standing next to me
My mind holds the key

I'm living in an age
That calls darkness light
Though my language is dead
Still the shapes fill my head

I'm living in an age
Whose name I don't know
Though the fear keeps me moving
Still my heart beats so slow

My body is a cage that keeps me
From dancing with the one I love
But my mind holds the key

You're standing next to me
My mind holds the key
My body is a

My body is a cage
We take what we're given
Just because you've forgotten
That don't mean you're forgiven

I'm living in an age
That screams my name at night
But when I get to the doorway
There's no one in sight

My body is a cage that keeps me
From dancing with the one I love
But my mind holds the key

You're standing next to me
My mind holds the key

Set my spirit free
Set my spirit free
Set my body free

Arcade Fire - My Body is a Cage

Esta é a era do GPS (Gaja Para/Por Satisfazer)

Querido, vira aqui à esquerda…
Fofo, anda 300 metros e depois viras à direita…
Paixão, tem cuidado pois aproxima-se um cruzamento a 100 metros…
Olha morzinho, a 50 metros, na rotunda, deves sair na primeira…
Vá lá amor, abranda que estamos a ultrapassar os limites…

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Fogueiras

Para aquecer...
Para utilizar...
Para destruir...
Para alimentar...
Para queimar...
Para apagar...
Para socorrer...

Clarinetes

B. diz que a monogamia é um sinal de civilização. Eu ironizo, digo que a monogamia é excelente mas impossível. E no entanto, concordo inteiramente com B. Ele cita uma alegoria de Alberto Savinio: um clarinetista que tocava na orquestra com um clarinete novo mas que só conseguia ensaiar adequadamente com o seu velho clarinete. O único de confiança. O único que conhecia bem.
Pedro Mexia

Layouts


terça-feira, 3 de abril de 2007

Take it or leave it

Sit down next to me

Those who feel the breath of sadness
Sit down next to me
Those who find theyre touched by madness
Sit down next to me
Those who find themselves ridiculous
Sit down next to me

Sometimes

Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Bastards

Pôr em causa a minha integridade... um método para sacudir um conjunto de pessoas que não me incluem...
Danos colaterais... irreversíveis.

terça-feira, 27 de março de 2007

Aqui ao lado

Diálogos no semáforo

- No fim de contas, sentido único nas nossas vidas.
- Digamos uma eterna interrupção.
- Como viver então com o tempo?
- Não vivas.
- Espreitar apenas?
- Espreitar apenas.
- E quem é que assegura a minha integridade?
- Só posso mesmo falar de mim.
- És mais forte do que eu.
- Tu ao menos sabes o que queres.
- Consegues imaginar-me de costas voltadas para os sentimentos?
- Imagino-te de muitas maneiras. Não posso é vê-las.

Pedro Lomba in víciodeforma.blogspot.com

Doors of Perception

"If the doors of perception were cleansed everything would appear to man as it is, infinite."

Aldous Huxley

quarta-feira, 21 de março de 2007

Primavera, 21 Março

"As mulheres foram feitas para serem amadas e não para serem compreendidas."
Oscar Wilde

E amadas, meus amigos, é um bom eufemismo.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Letra do dia

Load up on guns and bring your friends
It's fun to lose and to pretend
She's over bored and self assured
Oh no, I know a dirty word...

quinta-feira, 8 de março de 2007

Dia da Mulher-Homem

Por favor, não me incluam no dia da Mulher. Por favor, eu não quero os parabéns ou uma flor à saída do metro.

Eu sou uma mulher que pensa como um homem.
Quando inventarem dias para mulheres assim, eu serei a primeira a agradecer as flores. Até lá, a minha vida não se coaduna com estes pequenos abrigos do dia de alguém, reflectores da pequenez de um povo.

Pensamento do Dia

Cão que ladra não morde.
Cão que morde não mete medo.
Cão que não mete medo é vadio.

Dia da Mulher: Precisa-se homenagem

Se o Natal é quando um homem quiser, que todos os dias sejam despidos de género e se vistam de igualdade de direitos.
Haverá algo mais importante para um Homem do que uma Mulher?
Um viva à Mulher.

quarta-feira, 7 de março de 2007

This is the day

Well... you didn't wake up this morning,
'cause you didn't go to bed.
You were watching the whites of your eyes turn red!
The calendar on your wall -- IS TICKING -- the days off.
You've been reading some old letters.
You smile and think how much you've changed.
All the money in the world couldn't buy back those days.
You pull back the curtains, and the sun burns into your eyes.
You watch a plane flying across a clear blue sky.

THIS IS THE DAY -- Your life will surely change.
THIS IS THE DAY -- When things fall into place.

You could've done anything, if you'd wanted.
And all your friends and family think that you're lucky.
But the side of you they'll never seeIs when you're left alone with the memories
That hold your life together like -- GLUE
You pull back the curtains, and the sun burns into your eyes.
You watch a plane flying across a clear blue sky.

THIS IS THE DAY -- Your life will surely change.
THIS IS THE DAY -- When things fall into place.
THIS IS THE DAY -- Your life will surely change.


The The

terça-feira, 6 de março de 2007

Estados de Espírito

Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de cá para lá
como as ondas do mar
conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam
o que é que aconteceu diz lá
é que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há

Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro
muito à frente muito à frente dos bois
ou seja fizemos promessas
trocámos retratos traçámos projectos a dois
trocámos de roupa trocámos de corpo
trocamos de beijos tão bom é tão bom
e com um brilhozinho nos olhos
tocamos guitarra pelo menos a julgar pelo som

E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
passa aí mais um bocadinho que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
portanto
hoje soube-me a pouco

Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores
pusemos o rádio no on
acendemos a já costumeira
velinha de igreja
pusemos no off o telefone
e olha nao dá para contar
mas sei que tu sabes
daquilo que sabes que eu sei
e com um brilhozinho nos olhos
ficámos parados
depois do que não te contei

Com um brilhozinho nos olhos
dissemos sei la
o que nos passou pela tola
do estilo: és o number one
dou-te vinte valores
és um treze no totobola
e às duas por três
bebemos um copo
fizemos o quatro e pintámos o sete
e com um brilhozinho nos olhos
ficámos imoveis
a dar uma de tête a tête

E com um brilhozinho nos olhos
tentamos saber
para lá do que muito se amou
quem éramos nós
quem queriamos ser
e quais as esperanças
que a vida rouboue olhei-o de longe
e mirei-o de perto
que quem não vê carasnão vê corações
e com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo que é coisa que vale milhões

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Silogismos

Se o gato caça o pássaro
E o cão caça o gato
Então, o cão caça o pássaro.

Mas para isso alguém tem de sofrer uma mutação genética nos membros superiores.

Analogias

Honey white ... made a deal for some angel food

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Kit SOS


Em dias semelhantes ao de hoje, se eu perder as capacidades de expressão, verbal ou não verbal, devem administrar-me 2 comprimidos do medicamento que consta na figura de 2 em 2 horas. Na minha mala, encontrarão uma carteira do dito fármaco. Obrigada.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Diálogos II

Ela - Olá! Por aqui?
Ele - Olá. É verdade. Vim ver se te via.
Ela - E conseguiste.
Ele - Trouxe estas flores para ti.
Ela - Sabes que odeio que me ofereçam flores.
Ele - Pensei que pudesses mudar de ideias.
Ela - Sabes que raramente mudo de ideias.
Ele - Pensei que isso também já tinha mudado.
Ela - Aí está uma boa razão para que tudo se mantenha: quereres mudanças. Fazes-me um favor?
Ele - Sim. Diz.
Ela - Põe as flores nesse lixo e fecha a porta quando saíres. Apetece-me contemplar o quadro dessa parede atrás de ti. E para isso, preciso que saias da frente. Obrigada.

Almoço 4 + 1

As diferenças entre os géneros encerram em si um tema já tão repetidamente repisado.
Ainda assim não posso deixar de comentar o almoço de hoje: de um lado, a menina do grupo encostada à parede e esmagada pela vergonha que, volte e meia, chamavam às suas faces; do outro lado, os quatro homens do grupo esquecidos de qualquer pudor, esquecimento esse provocado pela falta de filtro da menina...
Sentiu-se algum incómodo, especialmente quando as conversas eram monólogos descritivos da virilidade masculina... mas, cavalheiros como sempre, ao perceberem a falta de jeito, pegavam na menina e traziam-na de volta para aquele canto que têm reservado para ela, depois de, obviamente, ela o ter conquistado. Noutros instantes, o à vontade foi tão grande que acabámos por revelar acontecimentos pessoais como se falássemos da vida alheia.
Balanço final: fazer de tudo isto um estudo etológico e perceber as nossas semelhanças e diferenças nos instintos primários; tudo o resto é o vestuário que temos de usar para nos protegermos do frio; o curioso é que a mulher usa um vestido engomado e o homem umas calças sem vinco.
Ainda assim, continuando grata pela reclamação da minha companhia e esperando que se repita mesmo sendo o único espécime feminimo, acho que a lógica dos números deve traduzir-se, pelo menos, em 4 + 2. E, meus caros, não pensem que a ideia é abrir a possibilidade a outro diálogo cruzado mais cor de rosinha. Não. É que, com outro exemplar do género, teria tido coragem para entrar na sex shop do lado.

A nossa própria marca

“O sonho de todas as marcas é serem amadas. A compra é uma consequência, a paixão é o que importa.” (Edson Athayde)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Desassossegos

"Assim como lavamos o corpo deveríamos lavar o destino, mudar de vida como mudamos de roupa - não para salvar a vida, como comemos e dormimos, mas por aquele respeito alheio por nós mesmos, a que propriamente chamamos asseio.
Há muitos em quem o desasseio não é uma disposição da vontade, mas um encolher de ombros da inteligência. E há muitos em quem o apagado e o mesmo da vida não é uma forma de a quererem, ou uma natural conformação com o não tê-la querido, mas um apagamento da inteligência de si mesmos, uma ironia automática do conhecimento.
Há porcos que repugnam a sua própria porcaria, mas se não afastam dela, por aquele mesmo extremo de um sentimento , pelo qual o apavorado se não afasta do perigo. Há porcos de destino, como eu, que se não afastam da banalidade quotidiana por essa mesma atracção da própria impotência. São aves fascinadas pela ausência de serpente; moscas que pairam nos troncos sem ver nada, até chegarem ao alcance viscoso da língua do camaleão.
Assim passeio lentamente a minha inconsciência consciente, no meu tronco de árvore do usual. Assim passei o meu destino que anda, pois eu não ando; o meu tempo que segue, pois eu não sigo." Fernando Pessoa

Sol ou sombra? Eternas insatisfações



De um lado, tenho calor.
Do outro, tenho frio.
O meio não torna a temperatura amena.
Pouco tempo de um lado, não aqueço o suficiente.
Muito tempo, torro.
Pouco tempo do outro lado, não arrefeço o suficiente.
Muito tempo, morro de frio.
Algum tempo mas não muito daquele lado, o que aqueço é suficiente mas passa rápido.
Pouco tempo mas não tão pouco assim, o que aqueço é muito superficial.
Algum tempo mas não muito deste lado, arrefeço qualquer coisa mas o calor volta rapidamente.
Pouco tempo mas não tão pouco assim, o que arrefeço é suficiente mas ao passar pelo meio já o calor afronta.
Aqui, mesmo arrefecendo, a lã da indumentária resolve-me todos os problemas... até que tenho calor...
Do lado de lá, o calor aquece e não tenho como arrefecer... o que dá imenso jeito no verão...
Aqui, ali...

Frases que fazem corar (aos que coram, obviamente)

Um vibrador é como uma azeitona no Martini Bianco;
O Martini já é bom mas com a azeitona fica melhor...

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

fingers

"A man's best friends are his ten fingers."
-Robert Collyer

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

De terrível a positivo

Mais do que a velha máxima do copo meio cheio ou meio vazio, é transformar algo inexistente e impossível, em algo extraordinário, aliciante, em desenvolvimento e que será um sucesso.

proverb of hell

"Enough! or Too much"

W. Blake, 18th century

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Diálogos

Ele - Olá. Estás boa? Há cinco anos que não sabia nada de ti.
Ela - Olá. Há dois minutos nem sabia que existias.
Ele - É bom ver-te.
Ela - Não consigo ter qualquer sensação.
Ele - Ainda estás surpreendida?
Ela - Não. Estou a tentar perceber de onde é que te conheço exactamente.
Ele - Estás tonta? Sou eu.
Ela - Sim, eu sei. Mas, depois de cinco anos, já não faz sentido saber quem tu és.
Ele - Desculpa?
Ela - Não quero que deixes de ser um estranho. Espero encontrar-te em breve. Assim, já poderei lembrar-me de onde te conheço...

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

curta acerca da interrupção voluntária da participação democrática

Não fui à urna (irónica palavra...) assumo, sem rodeios. Agora que já todos orgulhosamente fizeram uso (ou não!) desse gracioso instituto, originário do que continua a ser, na minha óptica, o pior de todos os sistemas (com excepção de todos os outros) e que dá voz a todos sem comprometer ninguém, e puderam verbalizar, medir, contrapor, compilar, as suas definições de vida e morte, eis o que me assoma à mente: I love the sound of you walking away, walking away! Parabéns para quem acha que resolveu os seus problemas de consciência. Igualmente os meus pêsames para quem pensa que solucionou mais um problema social. É bom tomar duche no dia seguinte, lavar a culpa e perfumar a gangrena. Quem pensam que enganam??! Só tenho pena que as mulheres, que continuo a achar o sexo forte, se tenham deixado levar nesta maré de hipocrisia!....

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Ressabiamentos

Um cigarro é o protótipo do prazer perfeito. É delicioso e deixa-nos insatisfeitos.
Oscar Wilde

Conversa de circunstância

A pior...
... quando, ao não saberem o que dizer, rompem o silêncio (que, pelo menos para mim, não era constrangedor) com a seguinte pergunta: "Então, para a semana, vais andar por aí a dar formação?".
Para o que eu estou guardada...

Palavrão do dia

Dasse para o ISP!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Frase do Dia

Às vezes, é obrigatório espancar as pessoas de quem gostamos com toda a brutalidade.
E isto, meus amigos, não tem qualquer conotação fetichista.

Gigantic


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Repeat off

Alguém já leu um livro pela segunda vez? Aqueles livros de 500 páginas que temos de ler por ordem crescente de páginas de modo a perceber a história? Já o fizeram de novo?
Não o façam. A história repete-se e o final deixa de ser aquele que queremos... ficamos mais exigentes. Queremos outra história, outro desenvolvimento, outras personagens (ou as mesmas mas diferentes) e certamente outra última página. Não o façam. Corre-se o risco de repetir momentos de vida. E isso é tão deprimente. Vou à livraria comprar outra história. Uma tarefa que é quase um objectivo de vida.
P.S. Nunca hei-de deixar de escrever «história» e adoptar o «estória»; era assim que estava escrito na capa dura dos meus primeiros livros infantis.

Ténue Ligação


A história do burro

Um dia, o burro de um aldeão caiu a um poço.
O animal zurrou fortemente durante algumas horas, enquanto o dono procurava ajuda para o retirar. Não a encontrando, acabou por decidir que, sendo o burro já velho e estando o poço já seco, o melhor era tapar o poço e não valia a pena tirar o burro.
Convidou então todos os vizinhos para o ajudarem. Cada um pegou numa pá e começaram a atirar terra para dentro do poço. O burro, ao ver o que se estava a passar, começou desesperadamente a zurrar.
Mas, pouco depois, para surpresa de todos, calou-se, e só se ouvia o som de pazadas a cair. O aldeão, olhando para o fundo do poço, ficou surpreendido com o que o burro estava a fazer. Sacudia a terra que ia caindo nas costas e dava mais um passo para cima da terra.
Rapidamente, todos viram com espanto como o burro chegou à boca do poço, saltou por cima dos bordos e partiu...
A vida vai-te atirar muita terra para cima, terra de todos os géneros. O segredo para saíres do teu poço é sacudi-la e usá-la para dares um passo para cima. Cada um dos nossos problemas é um degrau para subir.
Assim, podemos sair dos vazios mais profundos, se não nos dermos por vencidos...
Usa a terra que te atiram, para caminhares em frente.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Frases Feitas

"O amor não é a distante melodia de um violino; é o triunfante chiar das molas de um colchão."
S. J. Perelman

Analogias do Mundo


Actual Proof

Quando for grande, quero ser como este senhor... mesmo que isso implique mudar de tom de pele.

Cemitério de Pianos

Consegui dar nome ao meu cemitério depois de um livro que li recentemente com o mesmo título. Cemitério de pianos. O meu já começa a ter alguns... E o vosso? Alguns são de cauda, outros meros teclados que nem ousaram tocar. Digo isto com algum orgulho. Tenho um cemitério. O meu é de pianos... pianos, uma eterna frustação que me pesa a almofada à noite. Mas tenho um cemitério de coisas e pessoas que só eu percebo e consigo dar significado. Já vivi alguma coisa que me permite ter arquivo... aquele arquivo que, por ter passado um determinado tempo, já pode ser visto por outras pessoas... Tive esta mesma sensação quando, aos 16 anos, fui à escola primária buscar o meu processo. Todas as minhas fichas e testes que a senhora professora guardava numa pasta castanha - o meu processo - trancada a sete chaves. E posso garantir-vos que abrir aquela pasta e remexer em cada papel do seu interior foi uma sensação indescritível. E garanto-vos também que esse piano era um piano preto de cauda... Hoje, outro piano passou a habitar o meu cemitério. E mais uma vez digo isto com orgulho. Quando tiver passado tempo suficiente e já for permitido, falar-vos-ei dele. Posso apenas adiantar que também este é de cauda.

Memórias...

... das minhas putas tristes

"No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem."
Gabriel García Márquez

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Em grande!

You can't always get what you want.
And if you try sometimes, you find
You get what you need

Oh yes baby!!!

Cegueira


Se já leram o «Ensaio sobre a Cegueira», sabem que o livro é difícil. Naturalmente, como quase tudo o que não é fácil, a sua conquista e compreensão aguça a vontade e a destreza.

Também este livro fala de dificuldades. Primeiro, da dificuldade de, ficando-se cego, conseguir viver num mundo construído para pessoas que vêem. Fala depois, da dificuldade de, sendo a única pessoa com visão, conseguir viver sob a regras de todo um mundo mudado para pessoas que deixaram de ver.

Aqui, no fim deste dia, no fim de todos estes dias, não consigo deixar de pensar que, de certo modo, esta é uma casa de cegos.

Sendo o pior cego, claro, aquele que não quer ver.

(En)Costas

Nas costas dos outros vemos as nossas.
Se(m) nos encostarmos muito, se estivermos com muita atenção até vemos o que eles fazem.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Analogias Profissionais


Não vos parece que as escadas são planas?

Calibre de Guerra

O calibre 9mm tornou-se famoso por ser o calibre mais utilizado durante as guerras, no uso das pistolas e também das metralhadoras. Muito recentemente, as metralhadoras eram fabricadas primordialmente no calibre 9mm. Até poucos anos atrás o calibre 9mm era o mais cobiçado entre as armas curtas, e o mito de melhor calibre adveio das propagandas de guerra e da tradição das polícias serem originalmente de governos militares. A origem da fama da pistola 9mm fez-se por ser uma excelente arma de guerra. O seu auto poder de transfixação permitia que, num único disparo, dois oponentes fossem atingidos.
A 9mm não é o calibre ideal para defesa pessoal.
A 9mm é o calibre ideal para as pistolas de uso militar.

Strange Days


Desconto de frota

É aproveitar esta oportunidade para o Nokia 6280.
... é muito bom!
O Sharp parecia relativamente melhor, mas este é muito bom.
Faz chamadas, recebe, tem toques reais, quando recebe uma mensagem faz PI PI...

Getting away

«Getting away with it all messed up» é talvez uma das minhas frases preferidas.
Quando já não nos conseguimos lembrar do que estamos mesmo a fazer aqui, das 7.30 às 21.00, nada como dizer a frase muitas vezes.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Estômago de Avestruz

Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.

Dissolve sapos? Dava-me um certo jeito.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Dito por qualquer um...

Não deixes para amanhã aquilo que podes fazer hoje!

Swallow

Cuidado com o brinde

"Só se engolisse é que podia engasgar-me!" (alguém disse)

Dramático ou Tiro no pé?

Dramático - Quando uma mulher diz: "estou a brincar... eu sei que tu olhas para mim como se eu fosse um homem”.
Um tiro no pé - Quando um homem diz: "não estou a brincar... olho para ti como se tu fosses um homem".

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007