sexta-feira, 25 de maio de 2007

Sai do corpo, coisa má!

Sono. Muito sono. Arrastar-se durante toda a semana. Substâncias estranhas latentes no corpo revelam-se quatro dias depois. O que fazer? Água, muita água. O corpo ressente cada momento em que a procura da euforia foi objectivo cumprido. Reunião. As pessoas giram, a garganta dá um nó, os pés pisam outro chão feito de um material felpudo, a cabeça pesa mais a cada movimento. Uma apresentação possível graças a um litro de água, um analgésico e um café forte, extra forte. Tudo à volta é intenso, outras sensações artificais e controladas e recalcadas. Ouvir música calma, impossível de despertar qualquer movimento corporal involuntário semelhante a um passo de dança elaborado que o corpo teima em tentar. Água, muita água. Sente-se em cada poro. Está a sair. Algumas memórias a curto prazo perdem-se segundos depois dos acontecimentos. Alguém pergunta que olhos são esses. Espelho. O drunfo revela-se na íris, na olheira, no brilho estranho. Sair cedo. Rua. Andar. Sentar-me num restaurante e duvidar do pássaro que entrou. «Está ali um pássaro, não está? Não sou eu que estou a ver, pois não?». Ouvir: «Não. Tem calma. Está ali mesmo. Eu também estou a ver.». Finalmente, clean.

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